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The use of botulinum toxin as an alternative treatment for myofacial pain resulting from sleep bruxism: Integrative literature review

Authors: Thiago Raoni Pereira Brito1, Hildeberto Barbosa Lopes1, Evaldo Sales Leal2, Ana Maria Araújo Andrade3, Luiz Melo Araújo4, Luciana Aparecida da Silva5
1Acadêmicos do curso de bacharelado em Odontologia na Christus Faculdade do Piauí (Chrisfapi), Piripiri – PI, Brasil
2Enfermeiro pela Universidade Estadual do Piauí e professor na Christus Faculdade do Piauí (Chrisfapi), Piripiri – PI, Brasil
3Cirurgia-Dentista pela Faculdade Integral Diferencial (FACID) e professora na Christus Faculdade do Piauí (Chrisfapi), Piripiri – PI, Brasil
4Nutricionista – Centro de Ensino Unificado de Teresina Itda – CEUT
5Enfermeira pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI e professora na Christus Faculdade do Piauí (Chrisfapi), Piripiri – PI, Brasil
Keywords: botulinum toxins type A, therapeutics, facial pain, sleep bruxism
Abstract

The main objective of this study was to seek information on the efficacy of botulinum toxin as a therapeutic option for myofascial pain resulting from sleep bruxism, through an integrative literature review. The bibliographic research was carried out using an advanced search strategy in the Virtual Health Library (BVS), National Library of Medicine (PubMed) and Capes Periodicals Portal (PPC) databases. As a result, it was identified that botulinum toxin is effective in relieving the symptoms of myofascial pain resulting from sleep bruxism, however, it should not be the first choice for the treatment of the condition. It is concluded that the management of muscle pain associated with sleep bruxism should take into account the patient’s preference, treatment adherence and financial availability for the intervention. Furthermore, better results were observed in the symptomatological picture of the condition, when the occlusal splint was chosen as a treatment alternative, especially if associated with other concomitant approaches, such as administration of botulinum toxin, pharmacological treatment, acupuncture and physiotherapy, for example.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo principal buscar informações a respeito da efetividade da toxina botulínica como opção terapêutica para dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono, por meio de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa bibliográfica se deu por meio de uma estratégia de busca avançada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed) e Portal de Periódicos da Capes (PPC). Como resultado, foi identificado que a toxina botulínica é efetiva na amenização do quadro sintomatológico de dor miofaciais decorrente do bruxismo do sono, porém, não deve ser a primeira escolha para o tratamento da condição. Conclui-se que o manejo da dor muscular associada ao bruxismo do sono deve levar em consideração a preferência do paciente, adesão ao tratamento e disponibilidade financeira para a intervenção. Ademais, foram observados melhores resultados no quadro sintomatológico da condição, quando a placa oclusal foi escolhida como alternativa de tratamento, especialmente se associada a outras abordagens concomitantes, como a administração de toxina botulínica, tratamento farmacológico, acupuntura e fisioterapia, por exemplo.

1 Introdução

Nos últimos anos, procedimentos estéticos para a face e para o corpo têm se tornado comuns em várias esferas de serviços à saúde e embelezamento facial, sendo um dos mais solicitados a aplicação da Toxina Botulínica (TB). Produzida através da esporulação da bactéria Clostridium botulinum (bastonete, gram positivo e anaeróbio estrito), em 1895, a toxina botulínica foi descoberta depois do surto de botulismo no mesmo ano – em que promovia paralisia aguda simétrica e com flacidez, sem febre, mas com modificações sensoriais evidentes, o que poderia evoluir e afetar a função respiratória, podendo levar o paciente a óbito [1].

Entretanto, após muitos estudos, foi descoberto que quando administrada em doses controladas e localizadas, a toxina botulínica poderia promover uma paralisia neuromuscular flácida leve e transitória. Que, por meio da denervação química, promove benefícios em tratamento de cicatrizes hipertróficas, em rejuvenescimento da região escrotal, da região do pescoço e melhoria do sorriso gengival, por exemplo. Assim, em 2002, após aceite da Food and Drug Administration (FDA), as toxinas botulínicas, tipo A e B, foram aprovadas à comercialização, as quais são, a partir disso, especialmente a de tipo A, utilizadas nos âmbitos que envolvem os cuidados estéticos e terapêuticos, como a odontologia [2].

A eficácia da toxina botulínica pode variar de pessoa para pessoa e depende da dose administrada, da técnica de aplicação e da indicação para a qual está sendo usada. É importante lembrar que, como qualquer medicamento ou tratamento, a toxina botulínica também possui efeitos colaterais e riscos associados. Embora incomum, os pacientes dos quais recebem esses compostos podem eventualmente apresentar: fraqueza muscular, dificuldade para respirar, dificuldades de falar, urticária, dor no peito ou perda no controle da bexiga – em geral são sinais relacionados às alergias aos compostos utilizados. Além disso, em alguns casos, o corpo pode desenvolver anticorpos contra a toxina, podendo diminuir a eficácia do tratamento ao longo do tempo, por exemplo, sendo conhecido como efeito vacina [1].

Pode-se perceber que o uso da toxina botulínica em odontologia tem sua aplicação magistral na conjuntura terapêutica. Ou seja, diversos segmentos terapêuticos em odontologia têm como objetivo os efeitos promovidos por ela, como a terapêutica de dores decorrentes de disfunções temporomandibulares, hipertrofia do masseter e bruxismo, por exemplo [3]. Assim, em decorrência de seu mecanismo de ação nos músculos e sistema nervoso, pode-se entender que sua aplicação é considerada efetiva nos casos de dores musculares, mesmo de forma temporária [4]. Observa-se um aumento nos casos de bruxismo, tornando-se comum na rotina odontológica. O bruxismo do sono, em especial, apresenta maior dificuldade de manejo por ocorrer durante o sono.

No entanto, podem ser observadas muitas controvérsias na literatura sobre a efetividade da toxina botulínica no tratamento de dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono. Este estudo visa auxiliar cirurgiões-dentistas na decisão clínica quanto à sua indicação, promovendo discussões sobre sua aplicabilidade e possível complementação ao tratamento. Dessa maneira, a fim de nortear a construção do trabalho, formulou-se a seguinte questão de pesquisa: a toxina botulínica é efetiva no tratamento de dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono? Assim, em torno desta problemática o objetivo principal foi buscar informações a respeito da efetividade da toxina botulínica como opção terapêutica para dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono.

2 Referencial teórico

2.1 Mecanismo de ação da toxina botulínica

A toxina botulínica tem se consolidado como uma importante aliada na prática odontológica, especialmente em tratamentos que envolvem disfunções musculares e estéticas faciais. O uso da toxina botulínica proporciona uma abordagem terapêutica minimamente invasiva, com resultados previsíveis e temporários, o que possibilita ajustes individualizados conforme a evolução do quadro clínico do paciente. Além disso, tem ampliado as possibilidades de atuação do cirurgião-dentista, desde que aplicada com conhecimentos técnicos e embasamento científico adequados [5].

Desta forma, devido à sua potência e especificidade, a toxina botulínica, quando aplicada nos músculos, desencadeia efeitos miorrelaxantes, aliviando situações de desconforto ou dor muscular, como em casos provenientes de comportamentos parafuncionais, por exemplo. Nota-se, então, que o efeito local da toxina botulínica aplicada no músculo alvo resultará no bloqueio da contração da musculatura esquelética e em consequência disso pode ser observado o enfraquecimento do músculo e redução dos movimentos. Assim, a diminuição da tensão muscular pode reduzir a dor e, consequentemente, restaurar temporariamente a função mandibular [6].

A duração do efeito varia de 6 semanas a 6 meses, com melhores resultados entre 2 e 3 meses. Em caso de absorção pela pele, a toxina é transportada pelo sistema linfático até as extremidades neuromusculares. Após atingir a corrente sanguínea, estabelece conexões com as membranas neuronais das terminações nervosas na junção neuromuscular, interrompendo a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável pela transmissão dos impulsos nervosos), o que resulta na paralisia muscular temporária [7].

2.2 Bruxismo do sono

O bruxismo do sono, de cunho multifatorial, seja em sua forma excêntrica ou noturna, é geralmente decorrente de movimentos involuntários durante o repouso. De modo geral, o bruxismo diurno, ou em vigília, é mais prevalente, manifestando-se enquanto o indivíduo está acordado e podendo ocorrer de forma consciente. Essa condição costuma estar relacionada a fatores psicossociais, como estresse e ansiedade. Essa parafunção pode ser observada de forma leve, moderada ou severa, podendo afetar a qualidade de vida do indivíduo. Entre as consequências, destacam-se desgastes dentários e dores nos músculos oromotores ou miofaciais, o que pode levar a alterações patológicas no sistema estomatognático [8].

A sintomatologia miofacial associada ao bruxismo do sono inclui dor, cansaço e sensibilidade nos músculos da face, especialmente nos masseteres e temporais. Dores de cabeça matinais, fadiga, dificuldades mastigatórias, travamento articular e falta de coordenação nos movimentos mandibulares também são frequentemente relatados. Como a intensidade e frequência das crises variam, cada paciente deve ser avaliado individualmente, podendo-se recorrer a testes simples para auxiliar no diagnóstico [9].

3 Metodologia

De forma sistemática, o presente trabalho trata-se de uma revisão da literatura. A construção deste se deu a partir de uma busca exploratória de trabalhos presentes nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed) e Portal de Periódicos da Capes (PPC). Em princípio, a pesquisa inicial para a seleção dos trabalhos se deu a partir da combinação de Descritores em Ciência em Saúde (DeCS), para as bases de dados BVS e PPC, e Medical Subject Headings (MESH) para a PubMed. Os termos foram combinados entre si por meio de operadores booleanos, utilizando o termo “OR” para ligação dos que possuíam similaridade e o termo “AND” para ligação de termos distintos entre si.

A partir dos primeiros trabalhos encontrados pela combinação de descritores e operadores booleanos, critérios de inclusão foram estabelecidos previamente para a primeira filtragem dos trabalhos em posse. Inclui-se os trabalhos disponíveis na íntegra, de acesso livre, nos idiomas inglês, português e espanhol e que estivessem sidos publicados entre os anos de 2015 a 2025. Exclui-se os trabalhos incompletos, pagos, em demais idiomas e fora do prazo supracitado.

De forma inicial, 318 trabalhos foram encontrados, em que 246 deles foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios pré-estabelecidos. Em seguida, foram lidos os títulos e resumos dos 72 trabalhos restantes, em que 26 destes foram descartados por não estarem diretamente relacionados à temática ou duplicados. A partir disso, ocorreu a leitura na íntegra dos 46 trabalhos, sendo que 12 destes foram escolhidos por responderem à questão de pesquisa. Os detalhes das etapas sucessivas realizadas podem ser encontrados no Fluxograma 1, assim como a descrição completa dos artigos selecionados no Quadro 1.

Table 1 Artigos para a análise da revisão integrativa
Estudo Ano Título Autores Principais Achados
Estudo controlado randomizado 2024 Occlusal splint or botulinum toxin-a for jaw muscle pain treatment in probable sleep bruxism: A randomized controlled trial Chisini LA, Pires ALC, Poletto-Neto V, Damian MF, Luz MS, Loomans B, et al. Comparou a eficácia de placas oclusais e da toxina botulínica tipo A no manejo da dor mandibular em pacientes com bruxismo do sono, demonstrando que ambas as terapias são efetivas na redução da dor e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, as placas oclusais apresentaram discreta superioridade em parâmetros funcionais e menor incidência de efeitos adversos.
Revisão bibliográfica 2023 The use of botulinum toxin as an adjunct in the treatment of bruxism Marques TM, Suguihara R, Muknicka DP A toxina botulínica bloqueia a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, promovendo o relaxamento dos músculos. Seus efeitos surgem entre 48 e 72 horas, atingindo o pico em duas semanas, com duração média de três a quatro meses. Apesar de amplamente utilizada como terapia auxiliar no controle do bruxismo, sua indicação deve considerar a natureza multifatorial do distúrbio e integrar diferentes abordagens.
Estudo clínico randomizado 2024 Comparison of the effectiveness of botulinum toxin, dry needling, pharmacological treatment, and manual therapy for bruxism-induced myalgia: a prospective randomized study Sahin SS, Sisman AÇ, Atar E, Kilaç H, Sultanoglu EG O estudo comparou a eficácia de quatro abordagens terapêuticas no manejo da dor muscular associada ao bruxismo: toxina botulínica tipo A, agulhamento seco, tratamento farmacológico e terapia manual. Constatou-se que todas as intervenções promoveram, sem diferenças estatisticamente significativas entre si, uma redução significativa da dor ao longo do tempo, além de melhorias na abertura bucal e na qualidade de vida relacionada à saúde oral. Contudo, a toxina botulínica tipo A destacou-se como a opção mais invasiva, especialmente nos estágios iniciais da condição.
Revisão sistemática 2025 Efficacy of botulinum toxin type A in bruxism management: A systematic review Yacoub S, Gharbi Ons, Mehdi Khemiss A revisão da literatura avaliou a eficácia da toxina botulínica tipo A (BTX-A) no manejo do bruxismo. Os resultados sugerem que baixas doses de BTX-A podem ser uma opção terapêutica no controle do bruxismo. No entanto, a heterogeneidade metodológica dos estudos indicam a necessidade de ensaios clínicos randomizados adicionais.
Estudo clínico randomizado 2017 Efficacy of botulinum toxin in treating myofascial pain and occlusal force characteristics of masticatory muscles in bruxism Sewane S, Jadhao V, Lokhande N, Habbu S, Dongare S, Goyal N O estudo avaliou a eficácia da toxina botulínica tipo A na redução da dor miofascial e na modificação da força oclusal em pacientes bruxistas. Concluiu que a toxina botulínica reduziu significativamente a dor em repouso e durante a mastigação ao longo do tempo. Ademais, a força oclusal máxima também foi reduzida após 3 meses do uso da toxina botulínica, com leve aumento nos 6 meses, porém ainda menor do que a condição inicial.
Estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, cruzado 2022 Efficacy of botulinum toxin type a in the targeted treatment of sleep bruxism: a double-blind, randomised, placebo-controlled, cross-over study Cruse B, Dharmadasa T, White E, Hollis C, Evans A, Sharmin S, et al. Avaliou a eficácia da toxina botulínica tipo A na atenuação do bruxismo do sono. Os achados indicam que efeitos terapêuticos superiores podem ser obtidos mediante a administração da BTX-A em um número ampliado de músculos, com doses totais mais elevadas e, preferencialmente, em indivíduos com índices basais (IB) mais elevados. Ademais, a utilização de registros eletromiográficos noturnos revela-se uma ferramenta promissora para a predição da resposta clínica subsequente à aplicação.
Ensaio Randomizado e Controlado por Placebo 2020 Botulinum Toxin Therapy for Managing Sleep Bruxism: A Randomized and Placebo-Controlled Trial Shim YJ, Lee HJ, Park KJ, Kim HT, Hong IH, Kim ST O estudo avaliou a eficácia da toxina botulínica tipo A na redução do bruxismo do sono e na intensidade das contrações dos músculos mastigatórios durante o sono, por meio de polissonografia. Constatou-se que a toxina reduziu a frequência e duração dos episódios de bruxismo, apesar de não interferir diretamente na origem do distúrbio.
Revisão bibliográfica 2022 Uso da toxina botulínica em casos de bruxismo: uma revisão atualizada Silveira MEA, Ramos RR Embora seja eficaz no alívio dos sintomas, a toxina botulínica não elimina a condição do bruxismo do sono, sendo indicada para controle temporário, com intervalos de reaplicação entre 6 semanas e 6 meses.
Revisão bibliográfica 2023 Uso de la Toxina Botulínica en el Tratamiento de Pacientes Bruxistas Vela SG, Vega ADCA, Izquierdo LAV A aplicação de 25 a 50 unidades de toxina botulínica tipo A nos músculos masseter e temporal resulta em redução de até 80% da atividade elétrica do masseter, com diminuição da espessura muscular entre 12% e 20% após aplicações repetidas. A melhora clínica ocorre entre 7 e 15 dias, com duração média de 3 a 6 meses. Há redução significativa da dor, do desgaste dentário, da frequência de fraturas protéticas e melhora na qualidade do sono. Os efeitos adversos relatados são raros e leves, como dor local e assimetria facial transitória.
Revisão bibliográfica 2023 Uso da toxina botulínica no tratamento do bruxismo: Uma análise abrangente de diagnóstico, tratamento e suas correlações clínicas D’alarponio PCT, Faria HVS, Duarte PB, Martelli TN, Aleixo HV, Costa MFM Além do mais, estudos pré-clínicos indicam possíveis efeitos adversos ósseos decorrentes da atrofia muscular mastigatória, com alterações na morfologia mandibular, embora os impactos em adultos ainda necessitem de maior esclarecimento.
Revisão sistemática 2022 Toxina botulínica vs otros métodos alternativos como opción para el tratamiento de pacientes con bruxismo: Revisión sistemática Andrade LGR, Orellana MES, Vintimilla MLL A revisão analisou seis ensaios clínicos randomizados sobre o uso da toxina botulínica tipo A no tratamento do bruxismo. Os estudos incluíram até 173 pacientes, com doses entre 24 e 100 U aplicadas nos músculos masseter e temporal, variando de 2 a 7 pontos de aplicação. O uso da toxina botulínica resultou em redução da dor, melhora do sono e diminuição dos episódios de bruxismo, com efeitos observados nas primeiras semanas e durando até 12 meses em alguns casos. Em comparação com placas oclusais, apresentou eficácia igual ou superior, com maior satisfação dos pacientes e melhor controle da força de mordida.
Revisão bibliográfica 2021 Placa oclusal associada às terapias auxiliares para o controle da sintomatologia dolorosa do paciente bruxômano Oliveira MESG, Friggi SLM, Shitsuka C Comparou o uso da placa oclusal com terapias coadjuvantes, como acupuntura, fisioterapia, toxina botulínica e laserterapia, no tratamento do bruxismo. A placa oclusal é a opção mais indicada por ser menos invasiva e apresentar ampla evidência de eficácia. Embora tratamentos auxiliares, como a toxina botulínica, mostrem resultados positivos quando associados à placa ou isolados, a principal desvantagem da toxina é a duração limitada de seu efeito, que não ultrapassa seis meses, exigindo aplicações repetidas.

4 Resultados e discussões

4.1 Visão geral sobre as alternativas atuais de tratamento para o bruxismo do sono

O bruxismo do sono é uma condição bastante complexa, necessitando de abordagens terapêuticas individualizadas. Apesar da toxina botulínica tipo A ter sua utilização cada vez mais presente como alternativa de tratamento para a amenização dos sintomas, seu efeito não é permanente e não atua nas causas do distúrbio relatado. Ou seja, deste modo, o manejo para a condição deve ser envolto de estratégias combinadas, sempre que possível, incluindo intervenções de estresse, odontológicas, fisioterápicas e psicológicas [10].

É possível observar, a partir dos estudos analisados, que os melhores resultados são obtidos através de técnicas combinadas, promovendo a amenização do quadro sintomatológico do paciente. Assim, o tratamento para essa condição deve ser personalizado e planejado de forma individual, com o objetivo de restaurar o bem-estar e qualidade de vida do paciente [10].

Desta forma, pode-se observar que a abordagem terapêutica mais indicada para o bruxismo do sono é a placa oclusal – por ser menos invasiva e respaldada por muitos estudos quanto à sua eficácia. Entretanto, pesquisas recentes relatam benefícios na associação de técnicas terapêuticas, o que potencializa os resultados clínicos. Considerando a etiologia multifatorial do bruxismo do sono, o tratamento deve envolver uma equipe multiprofissional, ajustando-se à sintomatologia apresentada e às necessidades de cada paciente. A combinação de protocolos, nesse contexto, contribui para a melhora do quadro clínico. [11].

Dentre os procedimentos, a toxina botulínica apresenta diversas vantagens, como ação rápida – que independe da adesão do paciente. A fisioterapia proporciona alívio imediato da dor nos casos agudos. Ademais, a acupuntura e a laserterapia também se mostram como abordagens promissoras, reiterando a abordagem integrada e o alcance de maiores benefícios [11].

O bruxismo do sono está fortemente correlacionado à dor miofascial nos músculos mastigatórios, gerando um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Diante disso, inúmeras abordagens terapêuticas têm sido estudadas com o objetivo de controlar a condição e amenizar a dor, melhorando a função mandibular. Um estudo clínico randomizado [12] avaliou quatro alternativas de tratamento: toxina botulínica tipo A, agulhamento seco, terapia farmacológica e terapia manual em 80 pacientes com diagnóstico de bruxismo e dor miofascial. Os resultados do estudo evidenciam que todas as modalidades proporcionam um alívio significativo da dor ao longo de 12 semanas, além de melhorar a abertura bucal indolor e promover, por consequência, qualidade de vida relacionada à saúde bucal, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre as técnicas descritas.

Cada uma das técnicas apresenta características próprias sobre a condição do bruxismo. A toxina botulínica mostrou-se bastante eficaz na redução da dor, mas pode estar associada a desconforto local e alterações nervosas com o uso prolongado. A técnica de agulhamento seco, por sua vez, é minimamente invasiva, ele atua diretamente em pontos de gatilho e tem efeitos adversos reduzidos. A terapia farmacológica com metocarbamol e paracetamol, por exemplo, também demonstrou ótimos resultados, apesar de poder estar envolvida com riscos sistêmicos [12].

A terapia manual, caracterizada por massagens e alongamentos, mostrou-se segura e eficaz, principalmente no controle da dor a médio prazo. Assim, considerando a equivalência terapêutica da condição, essas opções, com exceção da toxina botulínica, que é mais invasiva e de maior custo, são promissoras e podem ser indicadas de acordo com o perfil, necessidades e condições individuais de cada paciente [12].

Quando comparamos a eficácia da placa oclusal com a toxina botulínica no tratamento de dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono [13] podemos observar que ambos os tratamentos são eficientes para a redução do quadro sintomatológico. O estudo supracitado elaborou um ensaio clínico randomizado em 60 pacientes diagnosticados com bruxismo do sono. Como resultados, evidenciaram que ambos os tratamentos foram eficazes para alívio da dor.

Entretanto, a placa oclusal apresentou superioridade no que tange a parâmetros funcionais e menores de efeitos adversos. O estudo concluiu, desse modo, que tanto a placa quanto a toxina contribuíram para a melhora no bem-estar e qualidade de vida dos pacientes, especialmente no que se refere a dor. Relatou ainda que a escolha do método deve considerar preferência do paciente, adesão ao tratamento e disponibilidade financeira [13]

Apesar das duas técnicas apresentarem-se eficientes na redução do quadro sintomatológico associado ao bruxismo do sono, a placa oclusal oferece maiores vantagens como a melhora nos movimentos da mandíbula e melhora no desempenho da função mastigatória. Outrossim, outro ponto destacado foi que os pacientes sob uso de placa oclusal não relataram efeitos colaterais, ao contrário dos pacientes que tiveram como método terapêutico a toxina botulínica, estando relacionado frequentemente a dor ao mastigar durante na primeira semana depois da aplicação. Por fim, o estudo sugeriu que, apesar das duas alternativas funcionarem bem, a placa oclusal pode ser a alternativa mais segura e com maiores benefícios à mandíbula. Entretanto, o método escolhido deve levar em consideração a vontade do paciente, experiência profissional, adesão ao tratamento escolhido e viabilidade econômica [13].

4.2 Evidências sobre o uso da toxina botulínica como alternativa de tratamento para dores miofaciais decorrentes do bruxismo do sono

Dentre diversas alternativas de tratamento para o controle da dor miofascial relacionada ao bruxismo do sono, a toxina botulínica tem sido estudada por sua capacidade de reduzir a contração muscular e o desconforto associado à condição [14]. Neste estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, 24 pacientes foram divididos em três grupos: toxina botulínica, placebo (solução salina) e controle (sem intervenção). As avaliações clínicas incluíram a análise da dor em repouso e durante a mastigação, além da métrica da força oclusal máxima por meio de um sistema de computador. Os acompanhamentos dos pacientes foram realizados após 1 semana, 3 meses e 6 meses da aplicação.

Os resultados do estudo indicaram que apenas o grupo tratado com toxina botulínica tipo A apresentou uma melhora significativa nos parâmetros de dor e diminuição da força oclusal ao longo do tempo. Ademais, os grupos controle e placebo não apresentaram alterações significativas, reforçando o efeito terapêutico da toxina botulínica. Além disso, os pacientes dos quais receberam a TB relataram melhora subjetiva mais consistente em relação à dor e à eficácia do tratamento. A partir disso, o estudo confirmou o potencial da substância como uma alternativa eficaz para o tratamento da dor miofascial induzida pelo bruxismo, especialmente nos casos onde outras terapias conservadoras não demonstram bons resultados ou quando o paciente fica limitado em relação ao uso de placa oclusal, por exemplo [14].

No estudo [15], 30 pacientes com bruxismo do sono foram avaliados por polissonografia, a fim de investigar os efeitos da toxina botulínica nos músculos masseteres. Como conclusão da pesquisa, apenas o grupo tratado com a substância apresentou redução significativa na intensidade das contrações musculares, observada pela diminuição do pico de amplitude dos sinais eletromiográficos no exame. Entretanto, o estudo conclui que embora não tenha havido redução na frequência dos episódios de bruxismo, a TB foi eficaz em atenuar a força muscular durante o sono, protegendo estruturas orofaciais.

Com dados similares ao trabalho anterior, a revisão de literatura apresentada no estudo [16] evidenciou que a toxina botulínica tipo A demonstrou eficácia significativa no controle do bruxismo, com redução da dor miofascial em até 90% dos casos analisados. No que tange às aplicações nos músculos masseter e temporal, as doses variaram entre 20 e 30 U por lado. Além do mais, os efeitos adversos mais comuns incluíram dor leve no local da aplicação (em cerca de 5% dos casos) e assimetria facial temporária (3% a 10%), sendo reversíveis em poucas semanas. Assim, a toxina foi indicada, principalmente, para pacientes refratários ao tratamento convencional com placas oclusais.

Já a revisão sistemática [17] analisou seis ensaios clínicos randomizados, com um total de mais de 300 pacientes adultos diagnosticados com bruxismo, comparando a toxina botulínica tipo A a placebo ou placas oclusais. As doses aplicadas nos estudos variaram entre 24 e 100 unidades nos músculos masseteres e temporais, com seguimento de até 12 meses. De modo geral, os estudos evidenciaram uma diminuição significativa da dor, melhora na qualidade do sono e redução da força de mordida nos pacientes tratados com toxina botulínica. Em alguns casos observados, os efeitos foram superiores aos das placas oclusais ou do grupo controle. Os eventos adversos foram leves e transitórios.

Portanto, assim como no estudo [18], a revisão também conclui que a toxina apresentou superioridade estatística frente aos métodos tradicionais de tratamento, sendo recomendada como parte de um tratamento multidisciplinar já que a causa é multifatorial.

O estudo [19] verificou a eficácia e segurança da TB tipo A no tratamento do bruxismo do sono, com análise objetiva por eletromiografia de superfície. Desse modo, apesar da eficácia demonstrada nas medidas objetivas, os relatos subjetivos de dor e frequência de bruxismo não apresentaram melhora significativa, possivelmente devido à influência de cefaleias concomitantes em grande parte dos pacientes, além de limitações nos instrumentos de avaliação. Ademais, a maioria dos participantes já havia utilizado placas oclusais, confirmando a busca por alternativas terapêuticas por parte dos pacientes. Concluíram que a toxina botulínica é segura e eficaz para a situação supracitada, especialmente em casos mais graves.

A revisão sistemática apresentada pelo estudo [18] verificou a aplicação da toxina botulínica tipo A como uma alternativa terapêutica promissora no manejo do bruxismo, especialmente em casos refratários às abordagens convencionais também. Estudos clínicos e randomizados demonstraram que a substância, quando administrada nos músculos, pode reduzir significativamente a sintomatologia dolorosa, além de melhorar a qualidade do sono de pacientes reabilitados com sobredentadura e sobre implantes de arco único, por exemplo. Porém, as evidências disponíveis ainda apresentam heterogeneidade em relação às suas metodologias, apresentam limitações no tamanho das amostras e ausência de protocolos padronizados quanto à dosagem, profundidade de aplicação e número de sessões.

A toxina botulínica atua bloqueando a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas colinérgicas, promovendo o relaxamento muscular. Apesar de ser eficaz, seu uso apresenta contraindicações, como em pacientes com doenças neuromusculares, gestantes, lactantes e indivíduos alérgicos aos seus compostos. Além do mais, estudos pré-clínicos indicam possíveis efeitos adversos ósseos decorrentes da atrofia muscular mastigatória, com alterações na morfologia mandibular, embora os impactos em adultos ainda necessitem de maior esclarecimento [20].

Assim, no que diz respeito aos efeitos e duração dos efeitos da toxina botulínica os estudos [13, 14, 15] reforçam que os efeitos terapêuticos se iniciam entre 3 a 7 dias após a aplicação da toxina botulínica. Ademais, os melhores resultados foram observados no terceiro mês de acompanhamento, mantendo-se em bons níveis, em geral, até os 6 primeiros meses da administração.

O bruxismo é uma condição de etiologia multifatorial, o que inviabiliza um tratamento único e definitivo [21]. Desta forma, o plano terapêutico deve ser sempre individualizado, considerando os fatores da causa e priorizando a redução do controle das interferências oclusais e a reorganização neuromuscular. Em conclusão, desta forma, observa-se que o manejo da dor muscular associada pode incluir bloqueios anestésicos, fisioterapia e terapias para pontos de gatilho muscular.

No contexto apresentado durante o trabalho, observou-se que a toxina botulínica surge como opção paliativa, reduzindo a atividade dos músculos mastigatórios e minimizando os danos orais durante os episódios de bruxismo. Sua aplicação deve respeitar protocolos específicos de acondicionamento, diluição e dosagem, variando conforme a marca e as características individuais do paciente, necessitando de capacitação profissional. Embora seja eficaz no alívio dos sintomas, a toxina botulínica não elimina a condição do bruxismo do sono, sendo indicada para controle temporário, com intervalos de reaplicação entre 6 semanas e 6 meses.

5 Considerações finais

O bruxismo do sono, principalmente quando associado à dor muscular, representa um complexo desafio clínico em odontologia, que necessita de uma abordagem em relação à sua terapêutica de forma individualizada e, muitas das vezes, multiprofissional. Ao buscar na literatura, pode-se identificar muitas alternativas de tratamento, desde o uso da placa oclusal como também fisioterapia, acupuntura, laserterapia, terapia medicamentosa e aplicação da toxina botulínica.

Mesmo com tantas alternativas de tratamento, a placa oclusal continua sendo a primeira escolha, em decorrência de sua baixa invasão, ampla carga de estudos e baixíssimos riscos ou efeitos adversos associados. Entretanto, grande parte dos trabalhos demonstram que a associação do uso da placa oclusal, com a fisioterapia, acupuntura ou toxina botulínica potencializa os resultados, o que, consequentemente, promove o alívio da dor de forma mais rápida, além da melhora funcional e qualidade de vida do paciente.

A toxina botulínica tem se destacado nos últimos anos para essa abordagem terapêutica por ser segura e eficaz em pacientes que não responderam à outras alternativas. A ação dela nos músculos mastigatórios permite a redução da força de contração muscular, o resguardo das estruturas dentárias e musculares da dor e efeitos comuns desencadeados pelo bruxismo do sono. Embora ela não atue diretamente na causa do bruxismo do sono, a sua utilização é respaldada por um grande número de evidências científicas, principalmente em casos avançados da complicação.

No tratamento do bruxismo do sono, tanto a placa oclusal quanto a toxina botulínica são recursos amplamente utilizados, com indicações, vantagens e limitações específicas. A placa oclusal funciona mais como um dispositivo de proteção dentária, prevenindo desgastes e fraturas e possivelmente aliviando a sobrecarga muscular. Sua principal vantagem é a segurança e a mínima intervenção, sendo indicada como primeira linha de tratamento.

Já a toxina botulínica, ao reduzir a contração dos músculos mastigatórios, apresenta bons resultados na diminuição da intensidade do bruxismo e da dor associada, sendo útil especialmente em casos que não respondem bem ao uso da placa ou estão impossibilitados de a usar em dado momento, como os pacientes sob uso de aparelho ortodôntico. Contudo, sua aplicação exige técnica precisa, tem efeito temporário e apresenta contraindicações, como em gestantes, lactantes e pacientes com distúrbios neuromusculares.

Destaca-se que muitos dos estudos presentes na literatura possuíam amostras reduzidas ou curto tempo de acompanhamento. Em conclusão, desse modo, entende-se que o tratamento do bruxismo do sono deve ser individualizado, devendo ser considerado não só a eficácia do método, como também limitações individuais, preferência do paciente, viabilidade econômica ou recursos disponíveis.

Diante da análise dos estudos selecionados, observa-se que os objetivos inicialmente propostos foram devidamente contemplados. A investigação permitiu identificar, de maneira consistente, que a toxina botulínica representa uma alternativa terapêutica eficaz no controle da dor miofascial associada ao bruxismo do sono, sobretudo em casos refratários às abordagens convencionais. As evidências levantadas reforçam seu potencial de aplicação clínica, ainda que ressaltem a necessidade de individualização do tratamento, considerando fatores como adesão do paciente, viabilidade econômica e associação com outras modalidades terapêuticas. Dessa forma, os achados corroboram a relevância da toxina botulínica como recurso complementar no manejo da condição estudada, atendendo, assim, à proposta central da presente revisão integrativa.

Considera-se que os resultados obtidos ao longo deste estudo apresentam significativa relevância tanto para a prática clínica quanto para o meio acadêmico odontológico. Para os profissionais, as informações sistematizadas oferecem subsídios científicos que podem auxiliar na tomada de decisões terapêuticas mais assertivas, sobretudo no manejo de pacientes com dor miofascial associada ao bruxismo do sono. Já para os acadêmicos e pesquisadores, o trabalho contribui com uma base sólida de referências atualizadas, que fomentam reflexões críticas e abrem caminhos para investigações futuras sobre a eficácia, segurança e aplicabilidade da toxina botulínica no contexto odontológico. Portanto, o estudo se insere como uma ferramenta útil para a formação continuada e o aprimoramento da atuação clínica baseada em evidências.

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